terça-feira, 5 de maio de 2015




“Nas madrugadas em que descobrimos o prazer, os
lençóis agarram-se aos corpos, as mãos procuram
a pele em desespero, e até a felicidade se encolhe
para nos poder entender. Tu ensinas-me a encontrar o
interior das tuas pernas, o espaço em que todos
os orgasmos se reúnem, depois há toda uma textura ...
para procurar, as rugas sapientes do redor dos teus olhos,
o toque macio de todas as curvas do teu peito, até
que a verdade absoluta se impõe. Toda tu me puxas
para dentro de ti e todo eu me empurro
para o calor do teu ventre. E acontece o céu.
Há uma linha fina de suor a unir a cabeceira ao fundo da cama,
e a maior injustiça da vida é tu existires e seres mortal.


[Pedro Chagas Freitas]

2 comentários:

  1. Erotismo, luxuria, prazer. entrega corporal
    .
    Também tenho este blogue ( Enquanto o não fecharem )
    http://prazereseeroticos.blogs.sapo.pt/

    Deixo cumprimentos

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  2. ser mortal é o elixir da vida...se assim não fosse como saborear com avidez os instantes de prazer e sedução...só os sabendo finitos!

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