quarta-feira, 23 de março de 2016

Não há meios termos


Ou quer ou não quer. Ou ama ou não ama. Ou deseja ou não deseja. Aborrecer-se com uma existência banal? Ou desassossegar-se com um viver intenso? Podia escolher o caminho simples. Sabe que sim. Mas sabe que só se frustraria numa acomodação contrária à sua natureza. Prefere os demónios e os terrores. O frio na espinha pela iminência do abismo. Se for para sentir que seja com o corpo todo. Se for para amar que seja até mais não.
Há coisas que fazem acreditar que vale a pena. "Amo-te muito" e "fode-me com força" num mesmo destinatário é capaz de ser infernalmente paradisíaco.
Mesmo que se fique sem cabeça, até la... vive-se. 
Afinal de contas, não será esse o crime perfeito?

5 comentários:

  1. Para valer a pena, o destinatário tem de ser o mesmo!

    Sou fã dos trabalhos de Oleg Kosirev...

    Beijinhos perfeitos
    (^^)

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  2. Há que ser integral... nada de meias palavras ou meias medidas...
    O jogo é duplo... nunca pela metade!!!!!!!
    Bela imagem e belo texto... sumida!!!!

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  3. Este é um tema com o qual estou completamente de acordo,quem quer estar e viver a vida,não tem espaço para "meios termos",melhor sentir o sabor amargo da derrota ou o sofrimento da dor,do que passar pela vida sem nunca ter tido a experiência de a viver na sua plenitude.A forma como descreves o crime perfeito está magnifico.

    Beijinhos

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  4. Olhamos o espelho e invariavelmente estas e tantas outras interrogações surgem em reflexo...quem não sonha com o crime prefeito, " Amo-te muito, fode-me com força, Mesmo que se fique sem cabeça".
    Fabuloso Lua...e de novo fui até Venus exorcizando "demónios" e suavizando "terrores" pois "se for para sentir que seja com o corpo todo."

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