Que pudores posso ter
se o teu toque me desmonta.
Esse toque visceral,
imoral, e imperfeito.
Mas que percorre o meu corpo suado
e te transforma nas sendas
do meu pecado
Que pudores posso ter
se a tua boca insana
me estremece nessa cama
fazendo o inimaginável no meu ser.
Que pudores posso ter
se me engoles por inteiro
e me devoras de janeiro a janeiro
nos inarráveis momentos de amor
sem hora marcada para acontecer
Que pudores posso ter?
Magno R Almeida
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