domingo, 3 de maio de 2020

Sinto-me como se estivesse a viver em piloto automático...



Anestesiada a uma situação que eu não escolhi viver, assim como ninguém... Mas que me r(d)ói por dentro. 
 A cabeça não pára e só me pergunto "até quando"?
O sono parece sempre pouco e as horas intermináveis. 
Os dias tornaram-se todos iguais e as vontades deixaram de fazer sentido, porque não há nada que eu possa fazer.
Deito a cabeça na almofada e pergunto-me vezes demais quem cuidará de mim. Falta muito pouco tempo para regressar ao trabalho, para voltar a estar longe de casa a cuidar de quem precisa... 
E parece um ciclo vicioso entre prisões... 
E a juntar a tudo isto o coração apertado de espreitar os meus por entre vãos de portas, de só os poder abraçar com os olhos... 
Porque no meio de tantos cuidados, ainda não há quem cuide dos cuidadores.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019


Tocas o meu corpo com a suavidade dos teus dedos. 
Apontas para caminhos desconhecidos e sem saída. 
Fico em modo suspenso e posso jurar que me perco, que me perco para sempre no toque suave dos teus dedos. 
Caminhas sobre a minha pele com a ajuda da única bússola que me reconhece. 
Unimos as mãos para me manteres na terra. 
Sussurras os sonhos que vivo loucamente...

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Tão bom...



Ver-me no brilho dos teus olhos.
Ouvir-te... Apenas ouvir-te. 
Sentir-te tão perto, tão quente, tão sereno. 
Olhar-te enquanto dormes e perceber o quanto te quero.

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Voltando...



Às vezes… basta um afago… um carinho… um toque subtil para que o contacto da pele desperte a emoção… em especial quando o prazer de sentir… é igual ao de mimar…

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Foi assim...



Que me viste chegar
De copo na mão pronta a ser servida
O vinho foi só o aquecimento
De repente havia roupa espalhada pelo chão
Lençóis transpirados
Cabelos arrancados
Gemidos que ecoavam no quarto daquele que ficou o nosso lugar
Repetimos vezes sem conta, como se não houvesse amanhã...
E para "nós" não houve...

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Encaixe perfeito



A forma como nos encaixamos não é física nem, tão pouco é reveladora de qualquer disponibilidade para a acrobacia… 
Resulta, isso sim, de actos de mimo, de desejos de proximidade, de calor e afectuosidade, de pele e magia… 
São entregas de amor,  momentos de felicidade, juras intemporais,  estima em veludo, ligações de ternura,  meiguice de paixão…