quarta-feira, 29 de abril de 2015
terça-feira, 28 de abril de 2015
Deixa-me provocar-te
Desliza os dedos pela minha nuca e sente o arrepio na pele.
Encosta os lábios ao meu pescoço e deixa-me sentir-te respirar.
Morde-me a orelha e sussurra-me ao ouvido tudo o que me vais fazer.
Agarra-me pela cintura com as tuas mãos e senta-me no teu colo.
Desce a tua boca pelo meu peito e desaperta-me o soutien.
Puxa-me contra ti e deixa-me sentir esse volume que te cresce.
Explora-me por baixo da saia e sente aquele lago que transborda.
Entra em mim com os dedos e mostra-me o teu olhar de desejo.
Leva-me ao colo até aquela mesa e faz-me debruçar sobre ela.
Agarra-me pelos cabelos e entra todo em mim duma só vez.
Faz-me gritar, implorar para que não pares...
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Condições
Persuades o meu corpo a não te resistir.
Convences a minha mente a não te esquecer.
Invades o meu coração com tudo o que é teu.
Arrebatas a minha alma para junto da tua.
Convences a minha mente a não te esquecer.
Invades o meu coração com tudo o que é teu.
Arrebatas a minha alma para junto da tua.
Sim, eu deixo. Mas...
Nunca subjugarás a minha vontade.
Nunca transfigurarás a minha essência.
E jamais domarás o meu ego.
Nunca transfigurarás a minha essência.
E jamais domarás o meu ego.
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Momentos...
Despida de preto, brindo-te com o meu corpo
Vestido de pele, de aromas, de promessas de ficar e de voltar,
De momentos de mistério onde nos imolamos
Para que nenhum pedaço da minha pele fuja
e, em êxtase, possamos construir um poema em carne viva.
Desalinhado, é certo!
Como o meu cabelo, o teu olhar, o teu corpo.
Como nós.
terça-feira, 21 de abril de 2015
Timing
Delineou o plano em traços gerais, olhou o relógio e percebeu que teria
de se apressar. Já não faltava muito para a hora marcada e tudo teria de
funcionar na perfeição. Escreveu previamente as mensagens a enviar no
timing exacto. Escolheu o vinho, e deixou a chave da entrada
estrategicamente colocada debaixo do tapete.
Agora, só faltava preparar o
cenário. Espalhou velas pela casa de banho e encheu a banheira de água e
espuma. Apagou todas as luzes e aguardou que o toque do telefone lhe
indicasse que ele a esperava no carro. Mensagem após mensagem, fê-lo
seguir as suas instruções. Subir, abrir a porta, entrar na casa de
banho, tirar a roupa, entrar na banheira... Escondida no quarto, esperou
pelos sons na água para escolher o momento para aparecer. Despiu-se,
pegou nos dois copos, abriu a porta e disse:
-Pst... Há aí lugar para mais alguém?
sexta-feira, 17 de abril de 2015
yin-yang
Ela achava intrigante e fascinante. Ele provocava-lhe aquela alternância
drástica, mas tão natural, entre os dois extremos de si.
Primeiro, a
tempestade. A vontade de lhe cravar as garras até magoar. As ordens
urgentes... "Fode-me!".
E os pedidos suplicantes... "Não pares!"
As
palavras ditas num misto de grito e sussurro. As pernas cruzadas em
torno da cintura dele. A empurrá-lo mais e mais para dentro. Até ao
limite do impossível. A necessidade de lhe sentir a força. Olhar nos
olhos. Naquele momento ser apenas fêmea e macho. Com o objectivo
primordial do prazer.
E depois... segundos depois, a serenidade
plena. A vontade de se enroscar no colo dele. Como um gatinho. E ali
descansar. E ali ficar protegida.
Inexplicável...
quinta-feira, 16 de abril de 2015
Tinha feito a escolha dela para aquela noite, mas não sabia o que a
esperava. Ele propora-lhe copos ou beijos, e ela escolhera tudo. Na sua
distracção habitual, nem mesma a travessia da ponte lhe dera uma pista.
Só percebeu depois de ver saídos do porta-bagagens, todos os segredos
que ali se encerravam. Naquele segundo, podia ter-lhe dito que... Que
era das coisas mais bonitas que já lhe tinham feito. Que não se
importava que fosse só uma manobra de sedução. Que não estava habituada a
ser tratada assim. Apeteceu-lhe dizer tanto, que não conseguiu
articular nada. Quis agarrar-se ao pescoço dele e enchê-lo de beijos
agradecidos, mas também não foi capaz. Sentia-se tão pequenina e
paralisada, que apenas tentou disfarçar toda aquela embriaguez
emocional. Ele apelara-lhe ao seu lado mais sentimental e lamechas, que
tanto a irritava e que ela fazia tudo por esconder. Não se podia
permitir baixar a guarda tão cedo. Simplesmente não podia. Mas teve a
certeza que um dia encontraria as palavras certas para lhe explicar.
Perdida por mil pensamentos, olhava-o enquanto ele pegava nos objectos
que trouxera. Dois copos, uma garrafa de vinho tinto, uma toalha de
praia. Tão simples... como só as coisas inesquecíveis o são. A lua
afastou-se de cena para encobrir os dois amantes numa escuridão
cúmplice. Mas reza a história que houve copos e areia, beijos e maresia.
E houve momentos daqueles capazes de marcar a vida das pessoas para
sempre.
quarta-feira, 15 de abril de 2015
Prece
E por
entre soluços e gemidos, ela pensou que não aguentava mais.
Porque não
aguentaria mesmo.
Não que
tivesse atingido o seu limiar de resistência física.
Não, não
era a energia que lhe faltava.
Mas estava
absolutamente convicta de que o seu corpo não suportaria mais prazer.
Mais um
movimento que fosse, dele dentro dela, e os danos cerebrais teriam sido,
certamente, irreversíveis.
Então,
quase à beira das lágrimas, deu por encerrada a conversa que estava a ter com
Deus e desceu à Terra.
Quando os
corpos se separaram, a alma voltou-lhe à carne e a consciência ao seu lugar de
sempre.
Tinha
acabado de chegar do Paraíso e do Inferno, ao mesmo tempo.
terça-feira, 14 de abril de 2015
Hoje quero assim...
Tua língua como um sabre
Devastando preconceitos
Inundando entranhas
Percorrendo trilhos esquecidos
Tomando-me de assalto.
Quero que mergulhes em mim
Procurando a minha essência
E fazendo-me gozar em pleno
Hoje quero assim...
Deixa a língua comandar.
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Caminhos
E então ela disse-lhe que sim.
Não com a voz ou com os
lábios, mas com o corpo e o olhar.
Fechou a porta a um passado empoeirado
e abriu a janela para deixar entrar a luz de um presente que estava ali a
sorrir-lhe.
Segurou a mão dele na sua e caminharam.
Lado a lado.
Mão na mão.
Sem pressas e sem direcção definida.
quarta-feira, 8 de abril de 2015
Posse
Deixa-me repousar no teu regaço
Aconchegar-me no emaranhado dos lençóis
Campo de guerra de uma noite épica
Ofereceste amor e sonho, realidade e paixão
Lugar de uma batalha sem vencedores
Onde tomaste meu corpo como inimigo
Obrigando-o a obedecer-te
Fazendo-o esgotar de prazer
Bloqueando os gemidos com beijos
Envergonhando a Lua
Até que a madrugada nos surpreendeu
Agora que o cansaço nos venceu
Afaga meus cabelos húmidos
Permite-me sentir-te meu…
terça-feira, 7 de abril de 2015
Hoje é assim
Fecha os olhos...
Deixa que seja eu a conduzir-te
Encosta-te à parede e relaxa...
Utiliza todos os outros sentidos
Ouve o compasso acelerado do coração quando o meu corpo se cola ao teu.
Sente o odor do meu corpo que implora pelo teu
Agarra-me as mãos... será que notas na minha hesitação?
Procuras a minha boca, ofereço-a semi aberta...
Anseias o beijo, mas eu apenas te mordo o lábio.
Passo a língua pelo pescoço e os teus pelos reagem
Encosto o meu corpo ao teu, e sinto resposta imediata.
Estás ofegante... imploras que te deixe tocar-me.
HOJE NÃO!
A minha boca percorre caminhos desconhecidos
O teu corpo oferece-me atalhos que já conheço.
A minha mão traça linhas rectas
O teu corpo move-se em círculos
A tua boca geme de prazer
A minha boca guarda o teu sabor
O teu corpo exige mais
O meu corpo abre-se para ti
Mas...
Fica assim, deixa que seja eu a conduzir..
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Sonho-te
Chegas sempre de madrugada
Em noites de Lua ausente
Invades o meu espaço
Desnudas o meu corpo
Sacias a minha pele com os teus lábios de fogo.
Exploras a minha boca e invades o meu sexo.
Tentas decifrar os meus mais íntimos enigmas
Aqueles que escondo na escuridão da noite.
Derrubas a última muralha
E lentamente abandonas o campo de batalha...
Sabias que te sonho?...
quinta-feira, 2 de abril de 2015
quarta-feira, 1 de abril de 2015
....
Tudo me toca
Me expõe
Sem memória
Ausente
Sinto-me nua
Quero uma nova partida
Uma nova história
Um novo recomeço
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