quinta-feira, 22 de janeiro de 2015



"O corpo é praia a boca é a nascente
e é na vulva que a areia é mais sedenta
poro a poro vou sendo o curso de água
da tua língua demasiada e lenta
dentes e unhas rebentam como pinhas
de carnívoras plantas te é meu ventre
abro-te as coxas e deixo-te crescer
duro e cheiroso como o aloendro"

Natália Correira

7 comentários:


  1. Em miúda não gostava da Natália Correia. Aquela mulher de corpo grande e volumoso, de voz áspera e incisa amedrontava-me.

    Hoje sou mulher e entendo melhor a sua poesia... e aprendi a gostar de a ler.
    Este poema é forte, tal como era forte a sua personalidade.

    Beijinho
    (^^)

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    1. Tem graça... também nunca fui fã, mas tenho vindo a descobri-la :)
      Garanto-te que vale a pena pesquisar

      Beijinhos

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  2. A Natália Cirreia sabia-a toda! Quem diria...

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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